A pasteleira Ana Raminhos esteve durante o mês de novembro na Trienal de Arquitectura de Lisboa com “(Um) Exercício Experimental da Liberdade” — um projeto que se articula em torno do acto de comer.
Obriga-nos ao silêncio. Estamos encostados às paredes de uma das salas do Palácio Sinel de Cordes, sede e um dos espaços da Trienal de Arquitetura de Lisboa. Ana Raminhos termina as sobremesas em diferentes estruturas e alturas. Texturas e temperaturas. O som da máquina de fazer gelados impera na sala em pano de fundo ao movimento da pasteleira.
A alimentação precisa de utopias para resolver os problemas desta dimensão nas cidades. Um estímulo para se compreender o lugar gigantesco que a comida ocupa nas nossas vidas. Continua a perguntar: “porque não usar a comida para criar um mundo melhor?”. À problemática da alimentação nas cidades não podia ser aprofundada neste laboratório daí a escolha da paisagem como tema. Era uma declaração da pasteleira Ana Raminhos. Terminou dia 1 de dezembro. Estava patente deste dia 8 de novembro. Perdeste isto? Não acredito.