João D’Eça Lima: A reabertura
“Obrigado por resistirem”. É isso mesmo, é isso que faz sentido e que dá sentido, é isso que nos mantém a acreditar que será possível ainda mais um dia. Só mais um dia.
“Obrigado por resistirem”. É isso mesmo, é isso que faz sentido e que dá sentido, é isso que nos mantém a acreditar que será possível ainda mais um dia. Só mais um dia.
Como líderes e donos de negócio, somos chamados a tomar decisões. A crise gerada pelo COVID-19 é um inimigo amorfo que requere uma avaliação pessoal da forma como fazemos tudo. Eu acredito que a partir de agora um dos princípios que irá ser a base da nossa atuação será algo dentro da ideia de que “Todo o nosso modelo de gestão está aberto a mudanças”.
Em termos de receitas geradas, o impacto destas modalidades de serviços revelou-se bastante significativo no negócio das diferentes empresas que o prestaram.
A pandemia está a provocar profundas mutações nas nossas vidas, nada escapa à virulência do cujo, no domínio das restauração para lá dos enormes prejuízos económicos veio ao de cima a normalização alimentar escorada no regresso a fórmulas muito mais simples na preparação das matérias-primas e, só no restrito âmbito das embaixadas e palácios de nababos.
A grande maioria dos inquiridos (69%) já recorria a serviços de take-away ou delivery entre 1 a 3 vezes por semana antes do início da pandemia, sendo, contudo, de salientar que 28% nunca recorrera a estes serviços.
Na última vez que estive na Fuzeta a maré estava baixa, ensaiei uns passos nos rochedos escorregadios dada a presença de limos, nas concavidades das rochas nadavam satisfeitos pequeninos peixes.
Ora, a pandemia exige-nos cautela redobrada em todas as andanças mesmo as do Demónio tal como as contidas nos dois volumes de Jorge de Sena que num País culto seriam lidas nas Escolas e Bibliotecas em virtude da qualidade da escrita e notável engenho no conteúdo.
Ao entrar em 2020, o sentimento era um de segurança. Continuávamos acelerados, confiantes no sucesso que estava para vir (tudo assim o indicava). doçaria industrial e a derrota das doçarias de cunho local, regional, conventual e monacal?
Ora, as confrarias (collegias) têm sido estudadas seria e rigorosamente por vários académicos e investigadores dos quais destaco o eminente historiador Paul Véine do Colégio de França. doçaria industrial e a derrota das doçarias de cunho local, regional, conventual e monacal?
De repente, um inimigo minúsculo e invisível entrou pela porta da frente dos nossos restaurantes e afastou todos os que aqui eram felizes. Estamos perante um novo desafio, não só para a restauração, mas para toda a sua cadeia de valor.