Um quarto inquérito da AHRESP – Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal sobre o impacto da Covid-19 na atividade turística (alojamento turístico e restauração e bebidas), realizado entre 29 de junho e 1 de julho, apurou 1418 respostas válidas.
A AHRESP fala de uma “crise sem precedentes”. Segundo um inquérito levado a cabo por esta entidade, 38% das empresas ponderam mesmo avançar para insolvência, uma vez que a grande maioria revela que não irá conseguir suportar os encargos habituais (pessoal, energia, fornecedores e outros), já a partir do mês de julho. Caso avancem para insolvência, 34% das empresas irá colocar no desemprego entre seis a dez trabalhadores
À data de preenchimento do inquérito, 94% das empresas afirmou já ter reaberto a atividade. Dos cerca de 6% que não reabriram, grande parte ainda não sabe quando vai reabrir.
Para as empresas inquiridas, a faturação do mês de junho foi abaixo do esperado, com mais de 24% das empresas a registarem perdas superiores a 40%, 22% com quebras homólogas superiores a 60%, e 12% com uma quebra acima dos 90%.
O acesso ao lay off simplificado por parte das empresas para apoio ao pagamento de salários tem sido uma constante desde abril. Mais de 87% das empresas recorreram a esta ajuda, tendo 93% prorrogado para maio, 76% para junho, e cerca de 69% tenciona prorrogar para julho. Sem este apoio a partir do mês de julho, 54% das empresas referem que não terão condições para pagar salários no final do mês.
Posto isto, mais de 22% das empresas assumem que não vão conseguir manter todos os postos de trabalho até ao final do ano, e 70% das empresas ainda não sabem se vão conseguir manter o total dos seus trabalhadores.