Mistu
O Mistu abriu no Porto em finais de 2017 e, desde então, já foi visitado por Paulo Russell-Pinto umas quantas vezes. Da sua experiência, o crítico garante que a carne é coisa que nunca falha. Mas e o resto? É ler nas linhas seguintes.
O Mistu abriu no Porto em finais de 2017 e, desde então, já foi visitado por Paulo Russell-Pinto umas quantas vezes. Da sua experiência, o crítico garante que a carne é coisa que nunca falha. Mas e o resto? É ler nas linhas seguintes.
Paulo Russell Pinto subiu ao primeiro andar do Mercado da Ribeira para redescobrir um clássico lisboeta: o Pap’Açorda. Felizmente, encontrou a sua essência intacta.
Luis Antunes apanhou o comboio até à Invicta e em vez de se debruçar novamente sobre a famosa bifana da Icaraí, optou por conhecer o Almeja, o recente desafio do jovem chefe João Cura.
Luis Antunes entrou esfomeado pela porta da frente do Entra, em Marvila: o mais recente bairro cool da cidade. Saiu de lá reconfortado com a boa comida e agradado pela abundância de estacionamento à porta do restaurante, coisa que no centro de Lisboa já vem sendo difícil de encontrar.
Tó-Zé tem agora 27, e com a namorada Inês Pereira (chefe de sala) quiseram perseguir este sonho de ter um restaurante moderno em Lisboa. A filosofia é basear a oferta nos produtos de época e tentar uma intervenção mínima.
A 40 minutos da Lisboa, depois de um trajecto dantesco, os céus limpam e chegamos ao sítio mais sossegado, ao acolhimento mais caloroso, ao Portugal mais suave. Deixem-me ficar aqui.
Paulo Mota, açoriano de sotaque macio (de S. Miguel, mas macio), é o chefe de cozinha e alma da casa. Cara de meia idade, já com rugas que lhe temperam a expressão, tisnado, como se passasse o dia ao largo da baía em frente a São Roque, pescando ou fumando um cachimbo de pescador.
Quando era miúda, os meus pais costumavam usar os fins de semana para fazer aquilo que um bom português sabe fazer melhor: meter a família no carro, deixar a cidade para trás e percorrer umas dezenas de quilómetros para comer num qualquer restaurante épico, numa aldeia ou vila remota, que costumava ficar na segunda rua à direita depois de passar a igreja.
Sentar solitário ao balcão é sinónimo de uma refeição triste e nostálgica? Au contraire. Num bom balcão nunca se está sozinho, entre tábuas, fogo e shakers, a refeição pode ser divertida, cheia de aprendizagens, relaxada. O Tapisco, de Henrique Sá Pessoa, acabou de abrir e já lá fui. Tapear?
É sempre uma boa notícia quando o bom-gosto regressa a Lisboa. O renovado Largo do Intendente Pina Manique é um bom exemplo, como é o Hotel 1908, um edifício que dava nas vistas pela sua degradação e agora afirma orgulhoso o seu Prémio Valmor de 1908.